16/12/2010

MINHA BEIRA

Como sinto a tua falta

minha terra bem amada;

quanta saudade me assalta

quando mais desamparada!


Lembro a tua cor vermelha

e o mar em suave movimento...

Nada aqui se assemelha

ao teu ritmo quente e sonolento.


Nas tuas ruas floridas

as acácias reverberam;

contam verdades escondidas

que outrora todos souberam.


Como és bela, assim estendida

pela praia ao pé do mar.

É impossível, nesta vida,

alguém deixar de te amar!


Guardo em mim esse cheiro cálido

dos fins de tarde e do amanhecer

e sinto rolar em meu rosto pálido

lágrimas de tristeza e de prazer.


Tristeza por te ter deixado

tão cedo e sem querer.

Mas tenho em mim sonhado

o dia em que te vou rever...


Sinto uma tamanha dor

ao pensar em ti, minha Beira,

que, confesso sem pudor,

me sinto sempre ESTRANGEIRA!!!


Carmen Sêco - 20.11.10

2 comentários:

Isabel Maria Rosa Furtado Cabral Gomes da Costa disse...

A minha Querida Amiga Carmen tem veia poética. ADOREI! Quanta saudade espelhada neste poema, meu Deus! Ah, Beira, essa velha feiticeira que se cose à nossa alma! Como te compreendo! Um dia, voltarás, Carmen!

Carmen Sêco disse...

Obrigada Isabel....muita gentileza a tua !
Tu é que tens alma de poeta.

E sim, voltarei...já tenho a viagem programada !!!!

Beijos!