Como sinto a tua falta
minha terra bem amada;
quanta saudade me assalta
quando mais desamparada!
Lembro a tua cor vermelha
e o mar em suave movimento...
Nada aqui se assemelha
ao teu ritmo quente e sonolento.
Nas tuas ruas floridas
as acácias reverberam;
contam verdades escondidas
que outrora todos souberam.
Como és bela, assim estendida
pela praia ao pé do mar.
É impossível, nesta vida,
alguém deixar de te amar!
Guardo em mim esse cheiro cálido
dos fins de tarde e do amanhecer
e sinto rolar em meu rosto pálido
lágrimas de tristeza e de prazer.
Tristeza por te ter deixado
tão cedo e sem querer.
Mas tenho em mim sonhado
o dia em que te vou rever...
Sinto uma tamanha dor
ao pensar em ti, minha Beira,
que, confesso sem pudor,
me sinto sempre ESTRANGEIRA!!!
Carmen Sêco - 20.11.10
2 comentários:
A minha Querida Amiga Carmen tem veia poética. ADOREI! Quanta saudade espelhada neste poema, meu Deus! Ah, Beira, essa velha feiticeira que se cose à nossa alma! Como te compreendo! Um dia, voltarás, Carmen!
Obrigada Isabel....muita gentileza a tua !
Tu é que tens alma de poeta.
E sim, voltarei...já tenho a viagem programada !!!!
Beijos!
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